Olá,

A Amazônia está em chamas. O Rio Negro está seco. Falta água para os ribeirinhos. Manaus convive diariamente com a fumaça das queimadas. Não são poucas as péssimas notícias que cercam a maior floresta do planeta, seu ecossistema e sua população. Os efeitos do super El Niño acumulam-se com as mudanças climáticas causadas pela ação humana.

Da mesma forma, acumulam-se os cientistas no Brasil e no mundo interessados em estudar, explicar e propor saídas para esse problema antes do ponto de não-retorno.

Nas últimas semanas, a equipe do The Conversation Brasil e seus colaboradores acadêmicos iniciaram um mutirão permanente para a produção de artigos sobre os problemas climáticos e ambientais na região. Os resultados desse esforço já começaram a aparecer: o zoólogo Lucas Ferrante, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), escreve sobre a urgência de um plano de ação para salvar o bioma.

Uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da região acaba de publicar um estudo sobre a importância dos insetos aquáticos como indicadores da qualidade da água na região - um alerta para o impacto que a crise hídrica ainda pode causar. E a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Luisa Maria Diele-Viegas mostra novas evidências de que a ação humana é a principal causadora da crise climática na Amazônia.

Acompanhe também os últimos artigos do The Conversation sobre a guerra Israel-Hamas e os detalhes de uma descoberta arqueológica histórica: uma estrutura de madeira projetada pelos nossos ancestrais há mais de meio milhão de anos.

Boa leitura!

Daniel Stycer

Editor-chefe

Seca na Amazônia: Entenda as causas e a necessidade de um plano de ação imediato para salvar o bioma

Lucas Ferrante, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Combinação entre mudanças climáticas, El Niño acentuado e insistência em obras de enorme impacto contribuem para condição sem precedentes e de extrema urgência na região.

Biologia: a importância dos insetos aquáticos como indicadores da qualidade da água na Amazônia

Leandro Juen, Universidade Federal do Pará (UFPA); José Max B. Oliveira-Junior, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA); Karina Dias-Silva, Universidade Federal do Pará (UFPA); Yulie Shimano, Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP)

A presença de insetos em um ambiente aquático informa sobre a qualidade da água e permite a detecção precoce de problemas ambientais e impactos negativos das atividades humanas na região.

Ação humana é mais preponderante que mudanças climáticas como causa de incêndios na Amazônia

Luisa Maria Diele-Viegas, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Proteger a Região Amazônica é vital para a estabilização do clima global e manutenção da biodiversidade, mas a destruição de causas antropogênicas não para de crescer.

Arqueologia

Nossos ancestrais teriam usado a madeira para fazer ferramentas e estruturas para abrigo. Professor Larry Barham, Universidade de Liverpool

Descoberta de estrutura de madeira de meio milhão de anos mostra que erramos ao subestimar nossos ancestrais mais antigos

Shadreck Chirikure, University of Oxford

Os especialistas especulavam que os primeiros seres humanos trabalhavam com madeira, mas até então não tinham provas.

Guerra Israel-Hamas

Outros destaques