Olá,
Nos últimos dias, as recentes questões de saúde pública que transtornam o Brasil, a América Latina e o mundo continuam sendo assunto de muita preocupação para cientistas e pesquisadores colaboradores do The Conversation Brasil.
Wladimir Gramacho, coordenador do Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública da Faculdade de Comunicação da UNB, publica o resultado de estudos comportamentais que apontam as razões pelas quais pais e responsáveis estão contribuindo para uma considerável e perigosa redução nos índices de vacinação contra a Covid no Brasil.
Já Flávio Guimarães Fonseca, professor de microbiologia da UFMG, discorre sobre uma nova ameaça que cresce com a propagação do mosquito Aedes Aegypti: os casos de febre Oropouche, doença endêmica da Amazônia que pode se espalhar pelo país usando o mosquito da dengue como vetor.
E para a bióloga Diana Bell, da Universidade de East Anglia, na Austrália, a próxima pandemia já chegou. Pelo menos para os animais. É o que ela mostra em seu artigo sobre a cepa altamente patogênica da influenza H5N1, também conhecida como gripe aviária, que já matou milhões de aves e um número desconhecido de mamíferos em todo o mundo, particularmente nos últimos três anos. E um dos possíveis causadores para isso pode estar na recente aceleração do desmatamento no Brasil, cujos números o diretor do Centro de Sensoriamento Remoto da UFMG Felipe Santos de Miranda Nunes detalha em seu artigo para o TCB.
Mas o viés de alguns estudos recentes sobre doenças epidêmicas também é de otimismo. No Rio de Janeiro, o pesquisador da Fiocruz Luciano Andrade Moreira e sua equipe relembram o sucesso do projeto de introdução no ambiente de mosquitos Aedes aegypti carregados de uma bactéria chamada Wolbachia, que é capaz de neutralizar os efeitos dos vírus causadores da dengue, da zika e da chikungunya.
Ainda no viés do otimismo, publicamos esta semana o relato de um estudo antropológico do pesquisador Juliano Franco Moraes, da Unicamp, que reforça a tese de que a cobertura vegetal da Amazônia teria sido “projetada” pelo saber milenar dos Povos Indígenas originários da região. E o artigo de Esper Georges Kallás sobre a nova vacina de dose única contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, publicado por nós no começo do mês, ganhou destaque esta semana na versão em inglês do The Conversation Global.
Boa leitura!
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