Olá,

Quinze dias atrás, o Brasil parou para testemunhar, atônito, a cidade de Porto Alegre submergir sob as águas da chuva e da cheia do Rio Guaíba e seus afluentes, agravadas pelo descaso óbvio com o saneamento na capital, e pelo afrouxamento da legislação ambiental, que afetou os biomas da região. Todos esses fatores estão entre as causas da maior tragédia socioambiental da história do Rio Grande do Sul. Por conta disso, na semana que passou, enquanto a capital gaúcha seguia debaixo d'água, arcando com custos financeiros e sociais gigantescos, foram inúmeros os artigos de pesquisadores e cientistas renomados enviados ao The Conversation Brasil mostrando estudos, análises e conclusões sobre as falhas que levaram ao desastre, bem como as soluções possíveis e necessárias para que a próxima cheia não provoque ainda mais tragédia.

Veja abaixo os principais artigos sobre a tragédia no sul, suas causas e consequências, publicados na semana que passou no The Conversation Brasil:

Daniel Stycer

Editor-chefe

AP.

Falhas na manutenção da infraestrutura de saneamento em Porto Alegre são apontadas desde 2015

Tamara Zambiasi, University of Cambridge

Há 9 anos, plano municipal de saneamento já registrava que sistema de proteção contra cheias tinha capacidade de vazão de água 70% abaixo do necessário, com mau estado geral das instalações mecânicas e elétricas de bombeamento de águas pluviais

Análise: Mudanças climáticas nos forçarão a repensar e construir uma sociedade mais sustentável e justa

Paulo Artaxo, Universidade de São Paulo (USP)

Para o vice-presidente do SBPC e professor de Física da USP Paulo Artaxo a tragédia no Rio Grande do Sul deve ser encarada como aprendizado para não errarmos de novo no próximo evento climático extremo, que certamente virá.

Respostas do governo à catástrofe: não basta reconstruir, é preciso repensar modelos de desenvolvimento

Paulo Niederle, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

A reconstrução do Rio Grande do Sul precisa ser planejada em novos moldes, com a adaptação à realidade de fenômenos climáticos cada vez mais intensos e frequentes

A tragédia do sul e os imensos desafios das cidades brasileiras frente às mudanças climáticas

Joana Angélica Guimaraes da Luz, Universidade Federal do Sul da Bahia

É preciso criar novos modelos de cidades, que levem em conta questões como o regime e volume de chuvas e o uso e ocupação do solo, não apenas nas zonas urbanas, mas também no seu entorno

Assim caminha a insustentabilidade: raízes do desastre no Rio Grande do Sul

Andrea Lampis, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Victor Marchezini, CEMADEN

A responsabilidade pelo desastre socioambiental no RS não é só da água e do clima. É também do modelo econômico de desenvolvimento, que colocou o planejamento ambiental em segundo plano. E a ciência mostra como isso aconteceu

Depoimento: prevenção e conscientização poderiam ter minimizado catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul

Roberlaine Ribeiro Jorge, Universidade Federal do Pampa

Reitor da Universidade Federal do Pampa escreve sobre sua experiência na tragédia, e traz uma visão acadêmica sobre as falhas humanas que contribuem para o agravamento da situação

Mudanças climáticas pioram enchentes urbanas e despertam interesse pelo conceito de “cidades-esponja”

Franco Montalto, Drexel University

Cidades nos EUA estão adotando infraestrutura verde, mas de forma fragmentada. Enchentes provocadas pelas mudanças climáticas exigem uma abordagem mais ampla

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