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Olá,
Quinze dias atrás, o Brasil parou para testemunhar, atônito, a cidade de Porto Alegre submergir sob as águas da chuva e da cheia do Rio Guaíba e seus afluentes, agravadas pelo descaso óbvio com o saneamento na capital, e pelo afrouxamento da legislação ambiental, que afetou os biomas da região. Todos esses fatores estão entre as causas da maior tragédia socioambiental da história do Rio Grande do Sul. Por conta disso, na semana que passou, enquanto a capital gaúcha seguia debaixo d'água, arcando com custos financeiros e sociais gigantescos, foram inúmeros os artigos de pesquisadores e cientistas renomados enviados ao The Conversation Brasil mostrando
estudos, análises e conclusões sobre as falhas que levaram ao desastre, bem como as soluções possíveis e necessárias para que a próxima cheia não provoque ainda mais tragédia.
Veja abaixo os principais artigos sobre a tragédia no sul, suas causas e consequências, publicados na semana que passou no The Conversation Brasil:
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Daniel Stycer
Editor-chefe
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AP.
Tamara Zambiasi, University of Cambridge
Há 9 anos, plano municipal de saneamento já registrava que sistema de proteção contra cheias tinha capacidade de vazão de água 70% abaixo do necessário, com mau estado geral das instalações mecânicas e elétricas de bombeamento de águas pluviais
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Paulo Artaxo, Universidade de São Paulo (USP)
Para o vice-presidente do SBPC e professor de Física da USP Paulo Artaxo a tragédia no Rio Grande do Sul deve ser encarada como aprendizado para não errarmos de novo no próximo evento climático extremo, que certamente virá.
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Paulo Niederle, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
A reconstrução do Rio Grande do Sul precisa ser planejada em novos moldes, com a adaptação à realidade de fenômenos climáticos cada vez mais intensos e frequentes
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Joana Angélica Guimaraes da Luz, Universidade Federal do Sul da Bahia
É preciso criar novos modelos de cidades, que levem em conta questões como o regime e volume de chuvas e o uso e ocupação do solo, não apenas nas zonas urbanas, mas também no seu entorno
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Andrea Lampis, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Victor Marchezini, CEMADEN
A responsabilidade pelo desastre socioambiental no RS não é só da água e do clima. É também do modelo econômico de desenvolvimento, que colocou o planejamento ambiental em segundo plano. E a ciência mostra como isso aconteceu
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Roberlaine Ribeiro Jorge, Universidade Federal do Pampa
Reitor da Universidade Federal do Pampa escreve sobre sua experiência na tragédia, e traz uma visão acadêmica sobre as falhas humanas que contribuem para o agravamento da situação
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Franco Montalto, Drexel University
Cidades nos EUA estão adotando infraestrutura verde, mas de forma fragmentada. Enchentes provocadas pelas mudanças climáticas exigem uma abordagem mais ampla
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Outros destaques
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Angelica Rodrigues, Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A língua brasileira de sinais - Libras - não é a única língua de sinais usada nas comunidades surdas do país. A mesma visão equivocada de prevalência do monolinguismo português no Brasil atinge também as nossas comunidades surdas.
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Dan Baumgardt, University of Bristol
Os pés são indicadores importantes de infecções virais, doenças cardiovasculares e distúrbios neurológicos.
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Nikki Crowley, Penn State
A cantora Amy Winehouse morreu devido à toxicidade do álcool em 2011, o mesmo ano em que a Sociedade Americana de Medicina do Vício reconheceu publicamente o vício como um distúrbio cerebral
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Jim Wild, Lancaster University
Tempestades solares podem induzir correntes e causar estragos em redes elétricas, satélites e linhas ferroviárias
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26 março - 26 novembro 2024
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São Paulo
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