Olá,

Exclusão. Eis uma palavra que não perde o emprego no Brasil. Exclusão social, exclusão racial, exclusão religiosa, na Saúde e na Educação. Não por acaso, a semana que passou aqui no The Conversation Brasil foi repleta de discussões acadêmicas sobre a persistência da exclusão na dinâmica social brasileira.

No dia em que discursou - não por acaso, sobre exclusão - no Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes da ONU, o historiador Ivanir dos Santos enviou para nossa redação um texto que disseca a influência das estruturas sociais, políticas e econômicas na intolerância religiosa e no preconceito racial no nosso país.

Nesta sexta-feira, dia 19, a doutora em Ciência Política pela UFMG Márcia Maria da Cruz reconstrói o histórico bem sucedido da Lei de Cotas nas universidades para expôr o incômodo que a democratização do ensino superior no Brasil ainda causa em setores da política e da mídia nacionais.

Outras formas de exclusão também são abordadas lateralmente em dois artigos publicados nos últimos dias. No do professor Marco Rocha, da Universidade Estácio de Sá, a exclusão da maconha, num momento em que o Brasil tende a recrudescer o preconceito contra a planta por conta de suas propriedades psicoativas, esquecendo-se dos seus comprovados poderes medicinais. E no texto da equipe da professora de Ciência Política da UFMG Helcimara Telles, que explica o que é a agnotologia e seu poder de “excluir” fatos científicos em prol do fortalecimento de conceitos ideológicos de cunho conservador e religioso.

Temas difíceis, mas que não podem ser excluídos das nossas reflexões acerca do futuro que nos espera. Boa leitura!