Olá,

Neste domingo, dia 6 de outubro, o Brasil estará indo às urnas eleger eleger aqueles representantes que trabalham ao nosso lado, legislando e tomando decisões que impactam diretamente o nosso dia a dia: prefeitos e vereadores. Essa semana, o The Conversation Brasil publicou duas reflexões em torno do processo eleitoral brasileiro, propostas por pesquisadores da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Num deles o sociólogo Beto Vasques, professor de Comunicação Política da fundação, expõe as fragilidades e os riscos das pesquisas eleitorais realizadas a poucos dias de uma eleição, em tempos de negacionismo em fake news. No outro, a cientista política e coordenadora de graduação da FESPSP Tathiana Chicarino retrata a dificuldade crônica que o Brasil tem de ampliar a diversidade de gênero nos espaços de representatividade política, e como a escassez de mulheres compromete a qualidade do processo democrático brasileiro.

Também essa semana, publicamos mais um artigo da série sobre os rumos da divulgação científica, que promovemos em comemoração ao nosso primeiro no de atividades no Brasil. Nele, o jornalista José de Moura Leite Netto, doutor em Ciências pelo A.C.Camargo Cancer Center e professor convidado da Universidade Federal do Paraná (UFPR), destaca a importância da comunicação na construção do comportamento da sociedade frente à questões de saúde pública - e mostra como uma comunicação mal feita sobre esses assuntos pode ser prejudicial.

Boa leitura!

Daniel Stycer

Editor-chefe

A persistente baixa participação das mulheres nos espaços de decisão política no Brasil reflete o descaso de muitos partidos políticos com o cumprimento da legislação eleitoral, que determina o registro obrigatório de uma cota de 30% de candidaturas femininas, mas não fiscaliza a efetividade das campanhas. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebon / Agência Brasil

Eleições 2024: Como a desigualdade de gênero que persiste na política brasileira impacta nosso processo democrático

Tathiana Chicarino, Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP)

Lei que obriga os partidos a reservarem 30% de suas candidaturas para cada gênero segue gerando distorções, e na prática a representatividade feminina na política brasileira continua menor do que em países como a Coreia do Norte e a Arábia Saudita

Quanto se pode confiar nas pesquisas de intenção de voto perto das eleições?

Beto Vasques, Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP)

Com a crescente pulverização de institutos de pesquisa, multiplicam-se também os erros - inadvertidos ou não - que influenciam negativamente a credibilidade das pesquisas

Rumos da divulgação científica: Comunicação muda atitudes em saúde, para o bem ou para o mal

José de Moura Leite Netto, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Diante de um mundo doente, que vivencia um contexto de mentiras e negacionismo, há tambem o clamor por uma comunicação saudável, qualificada e baseada em evidência

Microplásticos podem chegar ao cérebro através do nariz, indica estudo com participação brasileira

Michael Richardson, Leiden University; Meiru Wang, Leiden University

Oito de 15 cérebros examinados na pesquisa que contou com cientistas da Universidade de São Paulo (USP) tinham microplásticos em seus bulbos olfativos

O impacto da pesquisa científica no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Carlos Alberto Cioce Sampaio, FURB

A universidade precisa estar mais próxima das demandas sociais reais. E uma forma de medir isso é a capacidade das pesquisas de ajudar estes Objetivos, que estão na Agenda 2030 da ONU

De Olho na COP 30

De Olho na COP 30: Futuro das florestas também depende de melhor compreensão e uso das técnicas de manejo

Eric Bastos Gorgens, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Nem sempre cortar árvores é sinônimo de desmatamento ilegal. Manejo florestal é um recurso válido e importante para determinar formas sustentáveis de aproveitar os recursos florestais

Assim como os humanos, abelhas também usam critérios irracionais ao escolher as flores para se alimentar

Claire Therese Hemingway, University of Tennessee

É de se esperar que as abelhas sempre escolham as flores com néctar e pólen mais acessíveis e de melhor qualidade. Mas a decisão sobre quais flores visitar dependem de sua experiência recente com espécies semelhantes e de quais flores estão disponíveis.

Outros destaques