Olá,

Uma antiga discussão no meio acadêmico brasileiro diz respeito ao suposto afastamento da produção científica e seus autores do restante da sociedade brasileira. Como aproximar mestres e doutores ao dia a dia do ensino médio e fundamental, e com isso atrair mais futuros novos cientistas? Foi pensando em começar a resolver esse dilema pessoal que o historiador da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Álvaro Pereira do Nascimento mudou completamente a sua vida acadêmica e voltou a lecionar em escolas públicas da periferia, promovendo transformações sociais e ganhando de volta a satisfação que havia perdido com a profissão. É sobre essa trajetória emocionante que ele escreveu em detalhes essa semana para nós. Não perca.

Essa semana, também, o cientista político brasileiro e pesquisador da RIFS-Potsdam na Alemanha, Bernardo Jurema, explica que o afundamento da mina de sal-gema da Braskem em Maceió não apenas é um exemplo do impacto devastador da exploração extrativista sobre as camadas mais frágeis da população. O episódio também expôs as contradições dos discursos de sustentabilidade das grandes corporações, que parecem continuar seguindo o velho ditado: “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. O texto completo traz uma retrospectiva de toda a história sob a ótica dos erros cometidos pela empresa no local há décadas, e mostra como casos como este expõem a urgência de se repensar a economia global.

E não é só isso: também falamos essa semana sobre desinformação eleitoral, afirmação de gênero, as novas descobertas sobre o poder destruidor do tabaco e muito mais. Boa leitura!