Olá,

Junho e julho estão sendo marcados por eleições na Europa. Depois do Parlamento Europeu, em maio, França e Reino Unido foram as urnas esta semana e na semana passada. Em cada lado do Canal da Mancha, dois retratos distintos de flerte e rejeição ao crescimento de partidos de extrema-direita.

Sobre isso, publicamos nos últimos dias os artigos de Mark Bennister, da Universidade de Londres, sobre quem é o primeiro premier trabalhista em 14 anos no Reino Unido, e de Romain Fathi, da Universidade Nacional Australiana, sobre a vitória do partido de Marine Le Pen no primeiro turno francês, e os riscos de a extrema-direita solidificar sua vitória no segundo turno, que acontece neste fim de semana. Para completar o cenário, Natasha Lindstadt, da Universidade de Essex, escreve sobre a nova guinada conservadora que pode ajudar Donald Trump a voltar ao poder nos EUA.

No Brasil, destacamos o artigo de Carla Gomes, doutora em sociologia pela UFRJ, que escreve sobre a Maré Verde em defesa da legalização do aborto, movimento que ganhou força junto com a reação da sociedade à PL 1904, que pretende criminalizar mães que fazem o procedimento após a 22ª semana de gestação, mesmo em casos de estupro. Importante para a Ciência também é o artigo de Sergio Salles-Filho e Mariana Ceci, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp, que analisa o relevante crescimento no número de mestres e doutores formados no Brasil nos últimos 20 anos. Mas vaticina: ainda é pouco.

Boa leitura!

Daniel Stycer

Editor-chefe

Embora tenha registrado crescimento de 271% em seu número de doutores e de 210% de mestres nos últimos 20 anos, país ainda está distante da realidade não apenas dos países do Norte Global, mas de muitos vizinhos latino-americanos. Freepik

Brasil duplicou o número de mestres e quase triplicou o de doutores. Mas isso ainda é pouco

Sergio Salles-Filho, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Mariana Ceci, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Embora tenha registrado crescimento de 271% em seu número de doutores e de 210% de mestres nos últimos 20 anos, país ainda está distante da realidade não apenas dos países do Norte Global, mas de muitos vizinhos latino-americanos

Keir Starmer: quem é o novo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, e como ele deve liderar o país

Mark Bennister, University of Lincoln; Ben Worthy, Birkbeck, University of London

Starmer é conhecido como um advogado calmo e metódico. Mas vivemos tempos confusos, e a forma como conduzirá o governo ainda tem pontos nebulosos

Extrema direita assume liderança nas eleições francesas, mas formação de governo ainda é improvável

Romain Fathi, Australian National University

Os partidos de esquerda e de centro agora tentarão se unir em torno dos candidatos uns dos outros para impedir que o extremista Reagrupamento Nacional obtenha uma maioria absoluta no parlamento

Decisão sobre imunidade da Suprema Corte dos EUA é ideal para um presidente que não se importa com a democracia

Natasha Lindstaedt, University of Essex

A recente decisão da Suprema Corte concede a um presidente dos EUA imunidade limitada contra processos criminais por atos cometidos durante o exercício do cargo.

Feitiço contra o feiticeiro? Maré Verde pela legalização do aborto avança no Brasil

Carla Gomes, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

A quatro meses das eleições municipais, novo ataque aos direitos das mulheres está no centro das estratégias eleitorais de setores da direita. Mas a reação dura da sociedade pode estar fazendo o tiro sair pela culatra

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