Olá,

O que Tédio - um dos novos personagens do filme “Divertida Mente 2”, franquia da Disney que dá vida às emoções e sentimentos de uma criança que agora começa a se tornar adolescente - tem a dizer às pessoas que estudam os desígnios da mente humana? Falando em mente, as artificiais, cada vez mais inteligentes, têm ou poderão ter um dia algum nível de consciência individual? E o que são as substâncias nootrópicas, como a creatina e a L-teanina? Elas realmente podem estimular o nosso cérebro? Estas e outras perguntas são respondidas em alguns dos destaques que selecionamos esta semana no The Conversation Brasil, escritas originalmente por pesquisadores que colaboram com as nossas edições internacionais.

Já aqui no Brasil, os últimos dias foram marcados pela reação da sociedade à PL do Aborto. A médica e doutora Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, Claudia Bonan Janotti, compara a iniciativa de criminalização das mães que abortam com mais de 22 semanas a um retrocesso tão descomunal que supera os livros e séries distópicos da ficção.

Sobre a tragédia gaúcha, Pedro Camarinha, especialista em Geologia de Desastres do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), analisou em artigo exclusivo a importância dos sistemas de alerta para mitigar futuros eventos extremos. E a professora do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Cláudia Herte de Moraes escreveu sobre a imensa responsabilidade do jornalismo ambiental no lento processo de conscientização social da gravidade das mudanças climáticas.

Boa leitura!

Daniel Stycer
Ao suavizar os altos e baixos emocionais de Riley, em “Divertida Mente 2”, Tédio oferece sua própria forma inimitável de proteção contra a superestimulação que vem com a adolescência. Divulgação: Disney

O que Tédio, de “Divertida Mente 2”, tem a nos ensinar

Tina Kendall, Anglia Ruskin University

Filósofos e psicólogos acreditam que o tédio pode ter um impacto tanto positivo quanto negativo no desenvolvimento da infância e da adolescência.

Análise: 'País sofre investida conservadora que supera até distopias da ficção'

Claudia Bonan, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Nanda Duarte, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

A tentativa de aprovar no Congresso a tramitação em regime de urgência do PL 1904 revela muito sobre os retrocessos promovidos pela atual legislatura. Mas também ignora, desvia e distorce fatos, como o de que o aborto é um evento comum na vida das mulheres brasileiras

Não só relatos, dados e alertas: papel do jornalismo ambiental na crise climática é bem maior

Cláudia Herte de Moraes, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Aumento da consciência ambiental e ampla divulgação científica têm levado setores da cobertura jornalística a tratar com mais profundidade e consciência ambiental as mudanças climáticas e a importância das políticas públicas sobre o tema

Máquinas com inteligência artificial podem adquirir consciência?

María I. Cobos, Universidad de Granada; Ana B. Chica, Universidad de Granada

No momento, as máquinas não apresentam as características necessárias para a consciência. Além disso, elas não têm uma mente e um organismo vivo capaz de construir representações sensoriais

Transparência e monitoramento reduzem filas para tratar câncer pelo SUS. Mas ainda em muito poucos lugares

Luciana Holtz de Camargo Barros, Instituto Oncoguia

A Lei dos 60 Dias, que determina o início do tratamento oncológico pelo SUS em até 60 dias a partir do diagnóstico, existe há dez anos, mas ainda é muito pouco aplicada no país.

A estranha história de jornalistas brancos que se fantasiam de pretos para tentar entender o racismo

Alisha Gaines, Florida State University

Para a autora, acreditar que a riqueza da identidade negra pode ser compreendida por meio de um traje temporário banaliza o trauma do racismo que dura a vida inteira. Isso transforma a complexidade da vida negra em uma encenação.

Novo fóssil de réptil que viveu antes dos dinossauros pertence a um grupo registrado pela primeira vez no Brasil

Rodrigo Temp Müller, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Com parentes na China e Argentina, o Parvosuchus aurelioi foi encontrado pela primeira vez no Brasil por um apaixonado por paleontologia, que doou o fóssil para estudos

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